Bacharel em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP
Colunista de Filosofia do jornal jurídico Carta Forense (desde 2006)
Professora de Mitologia Greco-Romana (Galleria Borghese, Roma)
Professora de História do Renascimento (Nettuno e Florença)
Colunista de Astrologia & Arte no Consueloblog (Florença)
e-mail - mitologia@esdc.com.br

35 aos 42

Ciclos de Evolução - Alexander Ruperti

De 35 a 42 anos: Nível individual ou da Personalidade – Culminação dos talentos físicos e pessoais. Novamente, cristalização da atitude pessoal, das atividades e da percepção desenvolvidas entre os 28 e 35 anos. Necessidade de decidir claramente o que se quer fazer na vida, talvez levando a esforços para purificar a personalidade.

Este período de 7 anos marca o início do hemiciclo minguante da vida. Até esta época, as energias vitais cresceram e se expandiram; agora elas dão início à sua onda descendente. A partir deste ponto, cada nível sucessivo será uma expressão introvertida do seu correspondente extrovertido, ocorrido durante a onda ascendente, e os valores e ideais opostos entrarão em cena.

 O nível extrovertido correspondente à idade de 35 a 42 anos de idade. Juntos, estes dois níveis formam um platô. Ambos são níveis de Personalidade, o primeiro lidando com as manifestações externas e a liberação das energias criativas, ao passo que este período, que vai dos 35 aos 42 anos de idade, trata das atitudes e das crenças pessoais das quais a criatividade brota. Este último período torna mais concreto aquilo que foi iniciado no período anterior.

Segundo Rudhyar, o requisito básico da vida neste período, neste platô compreendido entre os 28 e os 42 anos de idade, consiste em ser um indivíduo e ocupar, como tal, seu próprio lugar no mundo. Isto significa ser dotado de livre-arbítrio, ser auto-suficiente e consciente do seu próprio destino individual. Mas antes que alguém possa ir ao encontro de seu destino-vida, deve, primeiro, libertar-se dos vestígios finais das influências exteriores e escolher conscientemente sua própria reação básica à vida.

A melhor oportunidade para uma tal percepção do Eu surgirá no 35º ano, que constitui não somente o ponto médio deste período-platô, mas também o ponto médio do próprio ciclo de vida. Simbolicamente, o 35º é a Lua cheia do ciclo de vida – o ponto de percepção. Aqui, o externo enfrenta o interno, e as percepções provenientes de uma síntese destes dois fatores podem fornecer a visão de um verdadeiro sentimento do “Eu”. Torna-se possível então, para uma pessoa, “ver” porque ela faz o que faz e escolhe assim se vai ou não continuar fazendo.

A escolha, porém, requer uma aceitação da responsabilidade. Enquanto uma pessoa permanecer amarrada pelos cordões do avental psíquico de alguma “imagem materna” – quer essa imagem seja uma pessoa em particular (tal como um dos pais, o cônjuge ou um mentor espiritual), quer seja um grupo, uma instituição ou uma ideologia – ela terá alguma coisa, fora de si mesma, determinando suas ações e assumindo a responsabilidade por elas.

Os sentimentos de culpa ou de inferioridade fornecem uma excelente desculpa para a perpetuação deste tipo de imaturidade emocional. Estes sentimentos são alimentados pela lembrança de fracassos e pela projeção desses fracassos no futuro. O fato de não querer aceitar a responsabilidade por seus próprios fracassos coloca a pessoa na posição de vítima permanente – eternamente à mercê do que quer que tenha escolhido para ser a “imagem materna” que governa a sua vida.

Se, durante o período que vai dos 28 aos 35 anos de idade, a pessoa não conseguiu se libertar da necessidade de ter um bode expiatório psíquico, então a visão que ela terá aos 35 anos poderá, pelo menos temporariamente, puxar o tapete emocional por debaixo dos seus pés. A pessoa poderá ver que a sua vida não funciona e que os velhos bodes expiatórios já não lhe servem mais.

Portanto, ela sai à procura de novos bodes expiatórios. Superficialmente, poderá dar a impressão de que está retomando oportunidades passadas, contudo, o que ela está fazendo na verdade é procurar uma nova “imagem materna” para assumir a responsabilidade por sua vida – um novo útero para dentro do qual possa arrastar-se.

Porque não vê que são as suas crenças que precisam ser transformadas, sairá então em busca de novas técnicas, de uma nova ideologia, de um novo mentor ou de um novo parceiro no casamento. Infelizmente, nenhuma dessas coisas fornecerá uma sólida base efetiva que lhe possa servir de ponto de partida para enfrentar as crises do período de sete anos que vem a seguir (dos 42 aos 49 anos de idade) e sem o qual a experiência da menopausa pode ser caótica ou mesmo trágica. Este período começa, aproximadamente, na ocasião da quadratura crescente de Saturno e termina por volta da época da quadratura crescente de Netuno.

"Sábio é quem em tudo lê". Plotino

"Sábio é quem em tudo lê". Plotino

Entendimento dos Símbolos

Por Fernando Pessoa

Benedictus Dominus Deus noster qui debit nobis signum

O entendimento dos símbolos e dos rituais (simbólicos) exige do intérprete que possua cinco qualidades ou condições, sem as quais os símbolos serão para ele mortos, e ele um morto para eles.


A primeira é simpatia; não direi a primeira em tempo, mas a primeira conforme vou citando, e cito por graus de simplicidade. Têm o intérprete que sentir simpatia pelo símbolo que se propõe interpretar. A atitude cauta, a irônica, a deslocada - todas elas privam o intérprete da primeira condição para poder interpretar.

A segunda é a intuição. A simpatia pode auxiliá-la, se ela já existe, porém não criá-la. Por intuição se entende aquela espécie de entendimento com que se sente o que está além do símbolo, sem que se veja.

A terceira é a inteligência. A inteligência analisa, decompõe, reconstrói noutro nível o símbolo; tem, porém, que fazê-lo depois que, no fundo, é tudo o mesmo. Não direi erudição, como poderia no exame dos símbolos, é o de relacionar no alto o que está de acordo com a relação que está embaixo. Não poderá fazer isso se a simpatia não tiver lembrado essa relação, se a intuição não a tiver estabelecido. Então a inteligência, de discursiva que naturalmente é, se tornará analógica, e o símbolo poderá ser interpretado.

A quarta é a compreensão, entendendo por esta palavra o conhecimento de outras matérias, que permitam que o símbolo seja iluminado por várias luzes, relacionado com vários outros símbolos, pois que, no fundo, é tudo o mesmo. Não direi erudição, como poderia ter dito, pois a erudição é uma soma; nem direi cultura, pois a cultura é em síntese; e a compreensão é uma vida. Assim, certos símbolos não podem ser bem entendidos se não houver antes, ou ao mesmo tempo, o entendimento de símbolos diferentes.

A quinta é menos definível. Direi talvez, falando a uns, que é graça, falando a outros que é a mão do Superior Incógnito, falando a terceiros, que é o Conhecimento e Conversação do Anjo da Guarda, entendendo cada uma destas coisas, que são a mesma da maneira como as entendem aqueles que delas usam, falando ou escrevendo.

Eu sei ler as estrelas!

Eu sei ler as estrelas!

Próspero, o duque de Milão à sua filha, Miranda em "A Tempestade".

Próspero, o duque de Milão à sua filha, Miranda em "A Tempestade".

Sobre A Metafísica - Rainha das Ciências - A Hécuba kantiana: * A S T R O L O G I A *

Aristóteles: "Este mundo está ligado duma maneira necessária aos movimentos do mundo superior. Todo o poder no nosso mundo é governado por estes movimentos" . (Tratado do Céu)

São Tomás de Aquino: "Os corpos celestes são a causa de tudo o que se produz neste mundo sublunar, agem indiretamente sobre as ações humanas, mas nem todos os efeitos que produzem são inevitáveis". (Suma, quest. XV, art. 5 e vol.III, pp. 2-29)

Dante: "Os astros são, de fato, a causa primeira de vossas ações, mas haveis recebido uma luz que vos permite distinguir o bem do mal, e uma vontade livre que, após ter começado a lutar contra os astros, de tudo triunfa se for bem dirigida". (Purgatório, XVI, 73)

Tycho-Brahé: "O homem contém em si uma influência bem maior do que a dos astros; superará as influências se viver segundo a justiça, mas, se seguir as suas tendências cegas, se descer à classe dos brutos e dos animais, vivendo com eles, o rei da natureza já não comanda, é comandado pela natureza".

Kepler: "Vinte anos de estudos práticos convenceram o meu espírito rebelde da realidade da astrologia".

Goethe: "Vim ao mundo em Franco forte-sobre-o-Meno a 28 de Agosto de 1749, ao soar a última badalada do meio-dia. A constelação era feliz, o Sol estava no signo da Virgem; Júpiter e Vênus formavam com ele bons aspectos; Mercúrio não era desfavorável, Saturno e Marte eram neutros; só a Lua, cheia nesse dia, exercia a força da sua reverberação tanto mais poderosa quanto a sua hora planetária havia começado. Opôs-se, portanto, ao meu nascimento até que essa hora passou. Estes bons aspectos, mais tarde altamente apreciados pelos astrólogos, serão sem dúvida a razão por que fiquei vivo, pois, pela incúria da parteira, julgaram que estava morto quando vim ao mundo, e só depois de numerosos esforços vi a luz". (Poesia e Verdade, cap. I).

Balzac: "A Astrologia é uma ciência imensa e que reinou nas mais altas inteligências".

C.G. Jung: "Se as pessoas cuja instrução deixa a desejar têm julgado que podem fazer troça da astrologia, considerando-a como uma pseudociência há muito liquidada, essa astrologia, remontando das profundezas da alma popular, volta hoje a apresentar-se às portas das nossas universidades, que deixou há três séculos". (Seelenprobleme derGegenwart, p. 241)

André Breton: "É (a astrologia) para mim uma dama muito alta, muito bela e vinda de tão longe que não pode deixar de encantar-me. No mundo puramente físico, não vejo outra cujas qualidades possam rivalizar com as suas. Parece-me, além disso, guardar um dos mais altos segredos do mundo. É pena que hoje – pelo menos para o vulgo – reine no seu lugar uma prostituta". (Atrologie moderne, nº 12, Outubro de 1954)

Claude Lévi-Strauss: "Os antigos construíram um sistema, e esse sistema, a partir do momento em que foi construído, mostrou-se operante e fecundo, pois o homem só pode pensar com sistemas. A astrologia foi um grande sistema, pois ajudou o homem a pensar durante milênios". (L'Astrologue, nº 9)

Lucien Malavard (Prof. De Ciências na Sorbonne): "Penso que os antigos fizeram de certo modo ciências humanas avant lalettre por meio da astrologia: elaboraram assim uma classificação dos seres, uma maneira de ver mais claro nos comportamentos humanos. Pela minha parte, sentir-me-ia tentado a situar a astrologia ao lado das ciências humanas, um pouco mais longe...". (L'Astrologue, nº 15)

ASTROLOGIA NÃO É DOGMA DE FÉ (creio/não creio).

Requer conhecimentos básicos de matemática, geometria, mitologia, antropologia, história, psicologia, semiótica, física, astronomia e filosofia pré-socrática.

Conclamar a união de todas essas disciplinas já a torna deveras intrigante!

Ouça entrevista (em áudio) que concedi sobre Astrologia em "Conhecimento Sem Fronteiras", no site da ESDC: http://www.esdc.com.br/

Entrevista em áudio sobre Astrologia

Realizada por Márcia Oshiro com a Profª Luciene Félix


1ª Parte (duração: 10:45)

O que é astrologia?
Quais os pressupostos deste Saber?
Que conhecimento é necessário para decodificar essa linguagem?
O que são os quatro elementos?
O que tem a nos dizer sobre a Era de Aquário?
No que o estudo de um mapa astral pode ajudar as pessoas?
Qual é a informação mais importante de um mapa astral?

2ª Parte (duração: 9:34)
Após o Sol, qual é a segunda informação a ser analisada?
Como descobrir qual é nosso signo Ascendente?
E quem é de Câncer, por exemplo? Errata: Asc. Câncer mesmo é para quem nasce entre 6 e 8hs da manhã
Qual planeta rege qual signo?
Podemos confiar em mapas da internet?
E quanto às interpretações dos mapas astrais da internet?

3ª Parte (duração: 11:25)
Após o Sol, o Ascendente e a Lua, o que deve ser analisado?
Breve resumo do posicionamento de Vênus nos 4 elementos?
E o que seria uma Vênus mal posicionada?
E quanto a localização do planeta Marte num mapa?

4ª Parte (duração: 9:49)
Posicionamento de Marte & Vênus e a vida sexual.
O que é "Trânsito Astrológico"?
Exemplo de Trânsito.
Qual influência do ciclo de lunação?
E quanto a Lua Cheia?

5ª Parte (duração: 13:24)
O grande presente: o benéfico Júpiter!
Interpretação do trânsito de Júpiter/Zeus por Casas.
Em que consiste o sistema de Casas derivadas?
Sobre a arte do divinatio, da advinhação.
Conhecendo "O Segredo" de se auto-conhecer
E quanto ao rebaixamento de Plutão?
És astróloga? Ensinas a ler as estrelas...